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Olavo de Carvalho, um falsificador da Filosofia

  O Exegeta de Si Mesmo Alguns leem os filósofos para entendê-los. Outros, para criticá-los. Olavo de Carvalho fez algo mais raro: leu para transformá-los em coadjuvantes de seu próprio personagem. Em suas mãos, Descartes virou um místico ferido que anunciava o apocalipse moderno. Aristóteles, um defensor implícito da tradição metafísica que nunca ousou nomear. Nenhum deles sobreviveu ileso. Não há, em Olavo, desejo de escutar um autor. Há apenas o gesto de usá-lo — como quem escolhe um figurino no armário para reforçar uma identidade já decidida. Cada filósofo serve a um propósito anterior ao texto: combater a modernidade, denunciar o “reino do quantitativo”, alertar contra os vícios da cultura universitária, ou apenas confirmar a própria genialidade exilada. O resultado é uma obra que não interpreta — faz malabarismos. Um discurso que diz ser hermenêutico, mas é dramatúrgico. E a peça que se encena, invariavelmente, tem um protagonista absoluto: o próprio Olavo. Descartes e Arist...

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