Olavo de Carvalho, um falsificador da Filosofia
O Exegeta de Si Mesmo
Alguns leem os filósofos para entendê-los. Outros, para criticá-los. Olavo de Carvalho fez algo mais raro: leu para transformá-los em coadjuvantes de seu próprio personagem. Em suas mãos, Descartes virou um místico ferido que anunciava o apocalipse moderno. Aristóteles, um defensor implícito da tradição metafísica que nunca ousou nomear. Nenhum deles sobreviveu ileso.
Não há, em Olavo, desejo de escutar um autor. Há apenas o gesto de usá-lo — como quem escolhe um figurino no armário para reforçar uma identidade já decidida. Cada filósofo serve a um propósito anterior ao texto: combater a modernidade, denunciar o “reino do quantitativo”, alertar contra os vícios da cultura universitária, ou apenas confirmar a própria genialidade exilada.
O resultado é uma obra que não interpreta — faz malabarismos. Um discurso que diz ser hermenêutico, mas é dramatúrgico. E a peça que se encena, invariavelmente, tem um protagonista absoluto: o próprio Olavo. Descartes e Aristóteles aparecem apenas como bonecos ilustrativos em seu palco particular.
Neste ensaio, confrontaremos duas de suas obras mais ambiciosas, e possivelmente as únicas nos "corpus olavista" que se proporiam como filosóficas (o resto é polêmica): Visões de Descartes e Aristóteles em Nova Perspectiva. Faremos isso com o contraste mais devastador possível: lendo, de fato, Descartes e Aristóteles. Integralmente. Palavra por palavra. Sem truques, atalhos ou dramaturgia. O que emerge desse confronto não é apenas erro — é falsificação.
Porque o problema com Olavo de Carvalho não é que ele interpretava mal. É que ele jamais tentou interpretar. Ele apenas moldava — com arrogância, improviso e verniz — o que precisava que os filósofos tivessem dito. No fundo, ele não era um leitor: era um ventríloquo.
A Inversão Maligna: O Gênio de Olavo sobre Descartes
Entre todos os personagens da filosofia moderna, poucos foram tão maltratados por Olavo de Carvalho quanto René Descartes. Não que ele o atacasse. Ao contrário: elogiava. Mas elogiava como quem elogia um cão que mordeu o próprio rabo — admirando o gesto, mas lendo-o ao contrário.
No centro da leitura de Visões de Descartes está o famoso “gênio maligno” das Meditações. Na obra original, Descartes o apresenta como uma hipótese metodológica extrema: uma figura imaginária usada para gerar dúvida radical sobre tudo aquilo que não pode ser conhecido com certeza. É o truque final do cético: “e se um gênio onipotente e enganador estivesse distorcendo todas as minhas percepções?” Trata-se, portanto, de um artifício — um passo no caminho da dúvida, logo descartado assim que a existência de Deus (veraz, não enganador) é restabelecida.
Mas Olavo não está interessado em truques. Ele lê o “gênio maligno” literalmente. Para ele, não se trata de uma hipótese epistemológica, mas de uma figura ontológica real — uma entidade maligna, talvez até metafísica, que encarna o mal moderno. De súbito, Descartes deixa de ser o pai da razão e se torna, em mãos olavistas, um profeta involuntário do demônio. O “gênio maligno” vira símbolo do colapso espiritual do Ocidente — uma espécie de Lúcifer epistemológico.
O que Descartes queria derrubar, Olavo restaura. O que era dúvida metódica, ele transforma em teologia do desastre. O que era uma construção racional, ele dramatiza como um campo de batalha místico entre o espírito da verdade e as forças do erro absoluto. O argumento cartesiano, que funciona como alavanca provisória para a certeza, vira em Olavo um altar ao terror. E Descartes, que desmontava a ilusão para reerguer a razão, vira, no palco dos delírios de um líder seita, um médium atormentado por forças espirituais que só Olavo conseguia enxergar.
Essa leitura seria interessante — se não fosse totalmente infiel ao texto. A leitura linha a linha das Meditações mostra com clareza: o gênio maligno aparece, mas é superado. Sua função é didática, transitória, instrumental. Não há, em Descartes, culto ao engano nem invocação simbólica do mal. Há apenas método.
Mas, para Olavo, método é o que atrapalha o mito.
O Cogito Sofrido: A inversão teatral da contenção cartesiana
Se há uma frase que simboliza a virada moderna do pensamento, é o célebre cogito, ergo sum. Em Descartes, essa fórmula não é nem uma fanfarra da razão nem um grito existencial. É, acima de tudo, um ponto de controle. Um limite. Um freio metódico que se impõe após a suspensão estratégica de todas as certezas. Tudo pode ser duvidado — os sentidos, o mundo, até 2 + 2 — mas o ato de duvidar já comprova que há pensamento. E onde há pensamento, há existência. Nada mais. Nada menos.
Mas Olavo de Carvalho, que nunca se deu bem com limites, decide converter esse freio em drama. O cogito, em suas mãos, deixa de ser uma ferramenta e vira um soluço metafísico. Em vez de um gesto metódico de reconstrução, torna-se um suspiro de alma: “penso, logo ainda respiro neste deserto de sentido”. Descartes, para ele, é um Jó racionalista, um mártir do logos, flagelado pela modernidade e pendurado no fiapo do próprio pensamento.
Essa reinterpretação poderia até ser poética — se não fosse uma leitura que parece feita com os olhos fechados. Porque o cogito de Descartes não se lamenta: ele afirma. Não há abismo ontológico nem vertigem simbólica. Há apenas um ponto sólido, frio, técnico: “estou pensando, então existo — ponto”. A leitura linha a linha das obras — do Discurso às Meditações, dos Princípios às Paixões — mostra um autor meticuloso, que duvida com método e constrói com sobriedade. O cogito não treme. Ele serve de fundação.
Sim, ele é um gesto de salvação — mas salvação racional, não salvação da alma. O que Olavo lê como um grito existencial é, na verdade, a primeira linha de código de um novo programa epistemológico. O "maior filósofo brasileiro de todos os tempos" vê angústia onde há algoritmo. E onde há precisão cartesiana, ele ouve clamor pentecostal.
Ao transformar contenção em sofrimento, método em martírio e lógica em lamento, Olavo faz de Descartes um personagem de sua própria peça — um drama onde toda certeza filosófica precisa, antes, passar por um túnel escuro de agonia. O problema? Descartes não escreveu uma tragédia. Escreveu um manual. E o cogito, esse pequeno ponto de afirmação silenciosa, não está chorando. Está funcionando.
Quatro Discursos e uma Alucinação: Aristóteles segundo Olavo
Depois de transformar Descartes num profeta em crise, Olavo volta-se a Aristóteles com um novo projeto: não dramatizar — desta vez, ele quer descobrir uma chave secreta. E como todo bom intérprete messiânico, ele anuncia que ninguém antes o compreendeu. A filosofia ocidental, segundo ele, leu Aristóteles errado por dois milênios. Mas Olavo, claro, viu o que ninguém viu: a verdadeira estrutura da obra do Estagirita estava oculta na teoria dos quatro discursos.
A tese é a seguinte: toda a filosofia de Aristóteles pode ser compreendida a partir de quatro modos de discurso — poético, retórico, dialético e analítico. Essa estrutura seria a chave esquecida para unificar sua obra, indo da Poética ao Organon, passando pela ética e pela política. O problema é que essa teoria dos quatro discursos não aparece em parte alguma do corpus aristotélico. Nem sugerida, nem implícita, nem esboçada. Simplesmente não existe.
Mas Olavo não se abala por esse detalhe textual. A ausência da teoria nos escritos de Aristóteles só confirma, para ele, o quanto ela é profunda. Afinal, os grandes segredos estão sempre nas entrelinhas — ou, em casos mais graves, nas entre-alucinações. Ignorando séculos de filologia, crítica textual e hermenêutica rigorosa, Olavo ergue sua própria metafísica dos discursos como quem desenha um mapa astral para o Estagirita. A Poética vira fundamento do pensamento filosófico. A retórica se iguala à ciência. A distinção entre modos de saber desaparece. Tudo é discurso — desde que possa ser reinterpretado simbolicamente.
A leitura linha a linha das obras completas de Aristóteles mostra exatamente o contrário: o pensamento aristotélico é profundamente hierárquico. A ciência (epistême) se distingue da opinião (doxa). A demonstração lógica é superior à persuasão retórica. A filosofia primeira, ou metafísica, busca as causas últimas do ser — e não o efeito de linguagem sobre o auditório. Aristóteles constrói um sistema onde cada coisa tem seu lugar, sua função e seu nível de certeza.
Reduzir tudo a “modos de discurso” é desfazer precisamente aquilo que o Estagirita mais prezava: a diferença entre saber e parecer que se sabe. Paradoxalmente, é esse limite que Olavo mais se empenha em borrar — num gesto que, mesmo travestido de tradição, se aproxima perigosamente da leitura performativa e relativista que ele dizia combater. No fim das contas, é quase uma leitura pós-modernista — só que mal disfarçada de ortodoxia.
Mas Olavo deseja outra coisa. Ele precisa de uma chave universal, uma chave que — por coincidência — só ele parece ter encontrado. E, como todo falsificador eficiente, ele mistura traços reais com imagens inventadas. Cita trechos legítimos, reorganiza-os segundo sua vontade e apresenta o resultado como uma revelação. A teoria dos quatro discursos é, nesse sentido, o equivalente filosófico de um horóscopo bem escrito: diz pouco, mas parece profundo.
O Aristóteles de Olavo, portanto, não é o filósofo da forma, da substância e da teleologia. É o Aristóteles reinterpretado como comunicador holístico, preocupado com a integração harmônica dos modos de expressão humana. Em vez de ciência, método, ontologia, temos agora discursos em equilíbrio cósmico — como se o Liceu fosse uma escola de oratória esotérica.
No fim, a teoria dos quatro discursos não revela Aristóteles. Revela Olavo. E o que se vê não é um intérprete. É um mágico. E, como todo ilusionista, ele faz desaparecer o texto — e aparece em seu lugar.
O Sopro do Logos: Retórica como Ciência, Ciência como Alegoria
Em Aristóteles, a retórica tem seu lugar — e é um lugar modesto. Ela serve para persuadir quando o saber não é absoluto, para lidar com o provável, o contingente, o que pode ser dito diante de um público. Não é ciência, nem pretende ser. Já a lógica, ou o discurso analítico, é o instrumento do conhecimento rigoroso — o logos que acompanha o ser em sua estrutura. Entre esses dois modos de discurso, Aristóteles traça distinções claras, didáticas, hierárquicas. Como um bom geômetra da linguagem, ele sabe que convencer não é o mesmo que conhecer.
Mas Olavo não gosta de hierarquias. Para ele, se a retórica é um discurso, e a lógica também é um discurso, então são apenas variações de uma mesma essência expressiva. Aristóteles, que passou páginas delimitando os campos de validade de cada forma discursiva, é redesenhado por Olavo como um guru da linguagem total — alguém que já sabia, no século IV a.C., que a ciência era apenas uma forma sofisticada de narrativa.
A operação é simples: dissolve-se a lógica na retórica, eleva-se a retórica à dignidade de método, e declara-se encerrado o erro moderno de separar verdade e persuasão. Aristóteles é convertido numa espécie de precursor da semiótica simbólica universal. A Retórica e a Poética, em vez de serem tratados sobre discursos periféricos, são promovidas ao centro do sistema — não porque o texto diga isso, mas porque a leitura olavista precisa que digam.
A leitura linha a linha dos textos aristotélicos mostra outra realidade. Em nenhum momento Aristóteles sugere que a retórica possa produzir verdade no sentido epistêmico. A retórica é útil para a política, para a vida prática, para convencer. Mas a verdade — aletheia — é o desvelamento daquilo que é, conforme as causas que o estruturam. E isso se alcança pelo pensamento científico, pelas demonstrações que partem de princípios primeiros e chegam a conclusões necessárias. Tudo o que escapa disso é probabilidade — não conhecimento.
Ao nivelar os discursos, Olavo esvazia o projeto filosófico de Aristóteles. Substitui a busca da verdade por um jogo de formas simbólicas. E o que era uma arquitetura de inteligibilidade se transforma num labirinto de ecos: tudo significa tudo, desde que possamos retoricamente justificar. A filosofia, que em Aristóteles era forma, substância, finalidade, causa, se torna em Olavo puro sopro de linguagem — logos sem lastro ontológico.
Na prática, isso equivale a uma alegorização da ciência. A razão torna-se mito refinado. O saber vira versão. E a metafísica aristotélica, que tentava nominar o ser com rigor, é trocada por uma cosmologia de discursos, onde o importante não é pensar, mas interpretar performances. Aristóteles some — e no seu lugar aparece o oráculo de Olavo, que, como sempre, diz estar apenas “traduzindo” o que ninguém antes entendeu.
Não é tradução. É substituição.
O Estagirita Não Volta: Quando Olavo tenta ressuscitar Aristóteles e inventa outro
É comum que grandes pensadores do passado sejam revisitados, reinterpretados, até reapropriados. O tempo transforma os clássicos em espelhos: cada época vê neles o que precisa ver. Mas há uma linha tênue entre leitura e projeção. Entre escuta e ventriloquismo. Olavo de Carvalho, ao se aproximar de Aristóteles, não atravessa essa linha — ele a destrói com um coice retórico e ergue no lugar um Aristóteles que jamais existiu.
O Aristóteles de Olavo é uma figura quase mística: alguém que compreendia todos os discursos, que intuía as crises espirituais da modernidade, que sabia das armadilhas da razão e dos riscos da ciência sem alma. Um Aristóteles profético, esotérico, metaforicamente pleno, com uma sabedoria simbólica que o próprio texto aristotélico jamais ousaria reivindicar para si. Um Aristóteles que, se fosse confrontado com suas próprias palavras, provavelmente diria: “não fui eu.”
Mas Olavo não quer saber do que Aristóteles disse. Ele quer saber de como Aristóteles pode ser usado. E assim, cada tratado, cada conceito, cada distinção cuidadosa torna-se apenas material bruto para uma reencenação. A lógica é espiritualizada. A metafísica é romantizada. A retórica é glorificada. Tudo se submete à necessidade de mostrar que o pensamento antigo, lido com os “olhos certos”, já antecipava todas as respostas que Olavo gostaria de dar no presente.
A leitura linha a linha das obras do Estagirita, por outro lado, revela um autor que escreve com paciência, com método, com distinção. Um pensador que evita generalizações, que classifica, hierarquiza, recua quando necessário. Um filósofo que não quer salvar o mundo com símbolos, mas compreendê-lo com causas. E que jamais confundiria a clareza da demonstração com a eloquência do discurso.
Olavo ignora tudo isso. E como em sua leitura de Descartes, o que deveria ser reconstrução filosófica vira encenação simbólica. Seu Aristóteles é tão real quanto um holograma: parece dizer coisas profundas, mas só brilha quando ninguém acende a luz da leitura literal.
A tentativa de ressuscitar Aristóteles, portanto, falha. Não por falta de entusiasmo — mas por excesso de invenção. O Aristóteles que Olavo apresenta ao leitor não é o Estagirita do Liceu. É um boneco moldado para confirmar uma tese. E quando se falsifica um autor a esse ponto, não se está mais filosofando. Está apenas representando.
E no teatro de Olavo, como sempre, o protagonista não é Aristóteles — é o próprio Olavo. O resto do elenco está ali apenas para compor cenário.
O Falsificador como Sintoma
Olavo de Carvalho não era um intérprete de filósofos. Era um falsificador — e dos mais produtivos. Seu talento não estava em compreender o pensamento alheio, mas em torcê-lo até que dissesse o que ele já queria ouvir. Com Descartes, transformou dúvida metódica em grito teológico. Com Aristóteles, trocou rigor conceitual por uma metafísica simbólica de discursos flutuantes. Nos dois casos, a operação foi a mesma: apagar o texto e assinar por cima.
Mas o mais revelador é que isso não foi um desvio ocasional. Foi o método. Não o método cartesiano, nem o aristotélico — mas o olavista: ler menos, dizer mais, projetar sempre. Em vez de filosofia, fantasia. Em vez de análise, catequese travestida de hermenêutica. E, no centro dessa encenação, uma figura sempre em evidência: o gênio incompreendido, o mestre exilado, o único que enxergou o que milênios de filósofos ignoraram. A grande tradição filosófica é, em sua obra, apenas pano de fundo para a construção do próprio mito.
Mas todo falsificador revela algo do que falsifica. E Olavo, com seu teatro filosófico, nos ensina — ainda que contra si mesmo — a importância da leitura real. A importância de voltar aos textos, de acompanhar o pensamento em seu movimento próprio, de escutar o que foi escrito antes de presumir o que deveria ter sido dito. Em outras palavras: de resistir à tentação do delírio interpretativo, e de lembrar que a filosofia começa, sempre, com contenção.
Olavo nunca conteve nada — nem seus afetos, nem suas alegorias, nem sua ânsia por ser mais sábio que os sábios. E é por isso que não foi filósofo. Foi um operador simbólico — astuto, carismático, perigosamente eficaz — que soube vestir Aristóteles e Descartes com trajes que não lhes pertenciam. Não para honrá-los. Mas para usá-los.
E talvez por isso, ao final, ele não pertença à história da filosofia — mas à história da falsificação filosófica. Um capítulo à parte, um sintoma de tempos em que ler se tornou menos importante do que afirmar com pose de quem leu.
E nesse teatro — trágico para o pensamento, cômico para quem lê de fato — o personagem Olavo foi convincente.
Mas o filósofo, esse nunca entrou em cena.
Referências
ADAM, Charles; TANNERY, Paul (Org.). Œuvres de Descartes. 12 v. Paris: Vrin/CNRS, 1964–1974. [Edição crítica bilíngue]
BEKKER, Immanuel (Org.). Aristotelis Opera. 5 v. Berlim: Academia Regia Borussica, 1831–1836.
CARVALHO, Olavo de. Aristóteles em nova perspectiva. 1. ed. Campinas: Vide Editorial, 2013.
CARVALHO, Olavo de. Visões de Descartes: entre o gênio do mal e o espírito da verdade. 1. ed. Campinas: Vide Editorial, 2014.
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Soube do Olavo na época que ele membro de um gropo Sufi. Depois li alguns textos dele que tratavam de lógica e como não época eu estudava lógica matemática, notei que ele não tinha a menor ideia do que falava. Não possui nenhuma publicação relevante avaliada por pares. Só ignorantes podem achar que ele possui alguma profundidade.
ResponderExcluirparabens pelo texto. Eu acho até um crime chamar esse velho caquetico de filósofo, nunca pisou numa faculdade nem siquer cursou. Eu imaginando as pessoas que passaram quatro anos estudando ouvir esses Bolsonaristas chamarem ele de filósofo. O Olavo era um charlatão um irresponsavel que so sabia Xingar afinal o Ad Dominem e mais importante pra ele do que o conhecimento.
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